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PA6 - Conservação in situ - sob cultivo e fortalecimento cultural de aldeias no Parque Indígena do Xingu

Percebe-se uma série de transformações culturais quando as comunidades indígenas aumentam seu contato com a sociedade envolvente. Um dos principais reflexos disto se destaca na mudança alimentar. Além das conseqüências indesejáveis para a saúde, a introdução de espécies vegetais e/ ou variedades comerciais de plantas tradicionais reduz a variabilidade genética dos cultivos daquelas populações indígenas. Isto repercute na sua vida, pois os mitos e ritos associados às práticas agrícolas, de caça, de pesca e de coleta ao se modificarem alteram todas as rotinas, desorganizando-os social e economicamente.
Índios isolados até meados do século XX, vivendo de acordo com seus costumes, as etnias residentes no Parque Indígena do Xingu, no estado do Mato Grosso, começaram a sofrer gradativa influencia cultural de nossa sociedade, principalmente a partir de meados da década de 80, aumentando ainda mais na década posterior. Preocupados com as rápidas mudanças que vem ocorrendo em sua cultura e dificuldade crescente de encontrarem algumas espécies e variedades de plantas tradicionais, diversas etnias vem buscando apoio para preservar suas plantas cultivadas, assim como a cultura associada a estas.
A conservação de recursos genéticos na roça tradicional (chamada conservação in situ sob cultivo) ao preservar o conhecimento tradicional e os cultivos no seu próprio local de ocorrência, inseridos diretamente no ambiente, é uma das maneiras mais eficazes de se conservar a variabilidade genética, como consta no Plano de Ações Globais, da FAO, no qual a conservação local realizada por populações tradicionais tem um papel muito importante na conservação e geração de diversidade genética. O manejo sustentável da diversidade genética de variedades de plantas tradicionais, desenvolvido localmente por agricultores, permite a interação entre as variedades de cada espécie, além destas com parentes silvestres de áreas próxima, em sistemas de agricultura, horticultura, ou agro-silvicultura tradicionais englobando todo o ecossistema e permitindo a ocorrência de fluxo gênico e geração de diversidade, adaptada as mudanças ambientais locais, servindo inclusive como fonte de material para programas de melhoramento nacional.

Objetivos:

  • Desenvolver pesquisas e metodologias participativas visando a conservação in situ - om farm dos recursos genéticos, preservando o conhecimento etnobiológico relacionado à agricultura indígena
Responsável:
  • Flavio Oliveira Freitas
Equipe:
  • Sandra Beatriz Barbosa de C. Zarur
  • Antonieta Nassif Salomão
  • João Bosco Carvalho da Silva
  • Jose Roberto de Alencar Moreira
  • Nuno Rodrigo Madeira
  • Patrícia Goulart Bustamante
  • Samuel Rezende Paiva
Atividades:
  • Conservação on farm na aldeia Yawalapiti
  • Conservação on farm na aldeia Kayabi - Ilha Grande
  • Geração de banco de dados sobre a conservação in situ -on farm nas aldeias
  • Caracterização da diversidade populacional de tracajá sob manejo in situ, na aldeia Morená-Kamayurá

 

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