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PA9 - Documentação, Uso e Manipulação de Plantas Medicinais por Comunidades Quilombolas e Ribeirinhos

A utilização de plantas medicinais, tanto na farmacopéia como na medicina caseira, é praticada desde os primórdios da civilização humana. A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem estimulado o uso das plantas medicinais na saúde pelas populações mais carentes do planeta, face o menor custo, e por várias razões sócio-culturais. A fitoterapia característica da tradição cultural brasileira é uma realidade para 80% da população. Dessa forma, se as diferentes comunidades estiverem conscientizada do valor atribuído ás plantas medicinais e aromáticas, com certeza a sua participação será mais eficiente no processo de uso e conservação.
Nos dias atuais é de fundamental importância que as comunidades tradicionais, como as quilombolas e ribeirinhos, participem ativamente nos processos que envolvam a conservação, manejo, manipulação e uso das plantas medicinais e aromáticas, garantindo assim o direito de uso sabiamente. Para isso, é necessário que governo, técnicos, professores, pesquisadores, estudantes, Instituições e a própria comunidade estejam afinadas, cabendo aos governos a tomada de diretrizes, organizando e direcionando recursos para que o processo possa fluir de maneira eficaz.
Nesse sentido, se faz necessário á conscientização de toda a sociedade, em particular as comunidades quilombolas e ribeirinhos sobre o grande papel desses importantes componentes da diversidade biológica, como base para o bem-estar social, político, econômico, alimentar e saúde dessas populações mais carentes, extensivas as populações quilombolas e ribeirinhos do município de Santa Izabel, PA.
    Vale ressaltar que sem a participação direta das comunidades rurais, em particular ás quilombolas e ribeirinhos o processo de conservação e uso poderá ser interrompido pelas dificuldades que as Instituições Governamentais e não Governamentais encontrarão face a escassez de recursos financeiros disponíveis para programas mais arrojados. A conservação dos recursos genéticos de plantas medicinais e aromáticas em áreas utilizadas pelas comunidades quilombolas e ribeirinhos com outras espécies em muito reduzirá os gastos com a implementação de novas áreas, podendo ainda reduzir o desmatamento descontrolado em áreas de expansão agrícola.
    O potencial de recursos genéticos encontra-se ameaçado pela destruição acelerada da vegetação natural, por meio das queimadas, da exploração madereira, da construção de estradas e das hidrelétricas. Vários ecossistemas como os da Amazônia, estão ameaçados pelo extrativismo desorganizado realizado na exploração de várias espécies de plantas medicinais e aromáticas como é o caso do jaborandi (Pilocarpus microphyllus), ipecacuanha (Psychotria ipecacuanha), copaíba (Copaifera langsdorffii) e ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa) dentre outras. Nesse sentido, a agregação de valores aos recursos genéticos de plantas medicinais e aromáticas através do manejo e uso racional é de suma importância para a preservação e conservação desses recursos.

Objetivos:

  • Conservar, usar e documentar germoplasma de andirobeiras nativas e de espécies de plantas medicinais e aromáticas instaladas em hortos medicinais comunitários.

Objetivo Específicos

  • Conservar andirobeiras nativas e espécies medicinais e aromáticas avaliadas, provenientes de coleções da Embrapa Amazônia Oriental em hortos medicinais instalados em áreas de comunidades quilombolas e ribeirinhos no Estado do Pará,
  • Usar e manipular espécies medicinais e aromáticas cultivadas em hortos medicinais instalados em comunidades quilombolas e ribeirinhos,
  • Documentar, informatizando a coleção existente nos hortos medicinais e andirobeiras nativas.
  • Disponibilizar espécies de plantas medicinais e aromáticas para outras comunidades tradicionais, a partir das comunidades quilombolas e ribeirinhos selecionadas.
Responsável:
  • Osmar Alves Lameira
Equipe:
  • Silvane Tavares Rodrigues
  • Fernanda llkiu Borges de Souza
Atividades:
  • Conservação de andirobeiras nativas e instalação de hortos medicinais comunitários
  • Documentação e geração de banco de dados
  • Propagação, uso e manipulação das espécies
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