PA3 - Banco Ativo de Germoplasma de Cacau

O cacau (Theobroma cacao) é originário da América Neotropical e o consumo mundial é da ordem de 3,3 milhões de toneladas, sendo a Costa do Marfim responsável por 45% da produção mundial seguido por Gana, Indonésia, Nigéria, Brasil e Camarões (Bioversity International, 2006).
O gênero Thebroma, cuja espécie mais conhecida é o cacau (Theobroma cacao L.), possui pelo menos quatro espécies de antigo manejo dos índios amazônicos para a produção de polpa (T. grandiflorum) e de amêndoas para consumo humano em forma de chocolate (T. grandiflorum, T. speciosum e T. cacao) ou de consumo direto após serem tostada (T. bicolor). Híbridos interespecíficos já foram sintetizados em Gana (T. cacau x T. grandiflorum) (Barbosa & Venturieri, 2000). Os materiais cultivados apresentam-se subdivididos em três grupos distintos: Criollos, Forasteros e Trinitarios, sendo este último considerado um tipo intermediário ou mesmo um híbrido entre os demais, sendo esta classificação feita com base em caracteres morfológicos. De modo geral, a produtividade média é maior em Trinitarios do que em Forasteros, que por sua vez é superior a Criollos (Dias, 1995).
 O progresso obtido no melhoramento genético do cacaueiro tem sido decorrente da utilização imediata de um número reduzido de genótipos disponíveis, cuja variabilidade representa muito pouco do potencial existente em condições naturais (Barriga et al., 1984). Conforme Kennedy et al. (1987), os melhores resultados de programas de melhoramento com cacau ocorreram em Camarões, Costa do Marfim e Malásia, em virtude da origem recente da maioria dos materiais utilizados, da ampla base genética e da opção por plantios clonais.
A decadência das lavouras cacaueiras do Brasil e a consequente queda da produção nacional está relacionada principalmente a doença vassoura-de-bruxa (Crinipellis perniciosa). Esforços têm sido feitos para a busca de variedades resistentes através de seleção de genótipos disponíveis na natureza, por métodos de melhoramento clássicos e por métodos biotecnológicos, como o desenvolvimento de variedades transgênicas (Ramos, 1999).
Sendo assim, novas coletas, intercâmbio e avaliação agronômica de germoplasma torna-se muito importante no desenvolvimento de genótipos superiores. Dessa forma, este Plano de Ação tem como função desenvolver as atividades de coleta, intercâmbio, conservação, caracterização, avaliação e documentação de germoplasma de cacau e seus parentes silvestres.

Observação: - Os pesquisadores da CEPLAC Drs. Wilson Monteiro e José Luis Pires fazem parte da equipe do PA Banco Ativo de Germoplasma de Cacau e não foram incluídos na proposta enviada via INFOSEG devido ao fato de ainda não terem sido incluídos no banco de cadastros da Embrapa.

Objetivos:

  • Introduzir, conservar caracterizar e avaliar germoplasma de cacau e parentes silvestres, visando minimizar os efeitos da erosão genética e conhecer o potencial genético dos acessos preservados no BAG.

 

Responsável:

  • Juliano Gomes das Graças C. de Souza

 

Equipe:

  • Aparecida das Graças C. de Souza
  • Raimundo Pinheiro Lopes Filho 

 

Atividades:
  • Coleta e introdução de novos acessos
  • Conservação e caracterização dos acessos do CPAA
  • Caracterização morfológica e agronômica do BAG de Embrapa Rondônia
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