PA2 - Conservação de recursos genéticos de Café

O Brasil é o principal produtor e exportador mundial de café, planta oriunda especialmente do continente africano e introduzida no país apenas em 1727. O melhoramento genético do cafeeiro da espécie Coffea arabica L., a mais cultivada e a mais apreciada no mundo, disponibilizou até o momento, diversas cultivares com potenciais de produtividade e qualidades excepcionais. Por ser de reprodução autógama e possuir base genética estreita, precisa-se de introgressões de genes de outras espécies, como usado comumente com C. canephora, a segunda espécie mais cultivada do mundo. Nas últimas décadas tem sido explorado com sucesso os genes de C. canephora para os principais problemas como resistência à ferrugem e nematóides, através de transferência bem sucedida de genes por cruzamento interespecífico seguido de retrocruzamentos e seleção. No entanto, características agronômicas de interesse nem sempre encontram-se disponíveis no germoplasma mantido em coleção pelas diversas instituições nacionais de pesquisa. Genes de resistência à broca dos frutos e genes envolvidos diretamente no bloqueio da síntese de cafeína no endosperma são exemplos dessas importantes lacunas.
A introdução no Brasil de espécies diplóides, assim como, de germoplasma diverso de C. arabica e C. canephora, além de manter as plantas derivadas de cruzamentos realizados pelo programa de melhoramento genético é um investimento estratégico e tem por principal objetivo manter a liderança nacional na produção e exportação além de aumentar a quantidade de café brasileiro de qualidade no mercado internacional e buscar novos nichos de mercado como ausência de cafeína.
Paralelamente, a conservação e caracterização do material genético nas diversas instituições de pesquisa em café se tornam importantes instrumentos de preservação da variabilidade genética do cafeeiro, indispensável ao desenvolvimento dos programas de melhoramento, especialmente visando resistência a estresses bióticos e abióticos. 
Existem contradições a respeito da quantidade de espécies do gênero Coffea, mas existem aproximadamente cem, sendo quase todas africanas. O Brasil possui cerca de 20% desse material, conservado nos Bancos de germoplasma das instituições componentes do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, coordenado pela Embrapa. 
As atividades previstas nesse Plano de Ação se referem principalmente ao intercâmbio de germoplasma de Coffea e a manutenção da coleção em criopreservação e são complementares àquelas que vêm sendo desenvolvidas nos projetos 19.2004.096 (Introdução e conservação de germoplasma de Coffea e espécies afins - 2005 a 2008) e 02.06.10.022.00 (Banco de germoplasma de Coffea e espécies afins - 2008 a 2011). Essas ações são desenvolvidas em parceria com o IAC, Iapar, Epamig, Incaper, UFV, Fundação Procafé e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, instituições do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café que trabalham com o melhoramento do cafeeiro e possuem coleções de germoplasma de Coffea.

Objetivos:

  • O projeto visa o enriquecimento dos Bancos de Germoplasma de Coffea do país mediante a introdução e conservação de novas espécies do gênero Coffea e de germoplasma diverso de C. arabica e C. canephora.

 

Objetivos específicos:

  • Introdução de materiais genéticos do gênero Coffea, portadores de características de interesse para o programa de melhoramento genético.
  • Ampliação e enriquecimento dos Bancos de Germoplasma de Coffea.
  • Documentação dos acessos conservados.
  • Criopreservação dos acessos de germoplasma.

 

Responsável:

  • Mirian Therezinha Souza da Eira

 

Equipe:

  • Antônio Alves Pereira
  • Aymbire Francisco A. da Fonseca
  • Izulmer Rita Imaculada Santos
  • Luis Carlos Fazuoli
  • Maria Amélia Gava Ferrão
  • Ney Sussumu Sakiyama
  • Tumoru Sera

 

Atividades:
  •  Incorporação e documentação de acessos
  • Criopreservação de germoplasma
  • Conservação e caracterização de germoplasma
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