Biblioteca virtual em biodiversidade

Projeto vai reunir e digitalizar as principais publicações sobre a biodiversidade brasileira

Sete instituições foram selecionadas para integrar o projeto "Digitalização e Publicação On-line de uma Coleção de Obras Raras Essenciais em Biodiversidade das Bibliotecas Brasileiras".

 

Coordenado pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) e pelo Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), com financiamento do Ministério do Meio Ambiente, o projeto visa democratizar e facilitar o acesso aberto às informações científicas sobre a biodiversidade brasileira pela comunidade científica e pelos gestores na elaboração de políticas públicas.

 

Participam da iniciativa, cujo foco principal são as obras dos séculos XVIII e XIX, as instituições guardiãs de acervos considerados importantes para o conhecimento da fauna e da flora brasileira. Além das bibliotecas do Museu Goeldi e do Ministério do Meio Ambiente, participam do projeto três instituições de São Paulo: Instituto de Biociências e Museu de Zoologia, da USP, e Instituto de Botânica do Estado de São Paulo. Do Rio de Janeiro, participam o Instituto Oswaldo Cruz, Museu Nacional e Jardim Botânico.

 

Com duração prevista para quatro anos, o projeto vai permitir a digitalização de duas mil obras entre livros, mapas e outros documentos de valor histórico e essenciais para a comunidade científica. Após o tratamento das informações, será criada a "Coleção de Obras Raras Essenciais em Biodiversidade", a ser hospedada e disponibilizada pela Scientific Electronic Library Online (SciELO).

 

A "SciELO Biodiversidade", como está sendo chamada, será integrada à Biodiversity Heritage Library (BHL), iniciativa global liderada pela Smithsonian Institution, dos Estados Unidos. A BHL -http://biodiversityheritagelibrary.org - tem como meta digitalizar todas as obras relacionadas à biodiversidade do planeta, sobretudo aquelas publicadas até o século XIX.

 

Goeldi

 

No Museu Goeldi, a iniciativa permitirá a digitalização das publicações mais antigas, como o "Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia", desde 1894 até os dias atuais; "Memórias do Museu Paraense"; "Arboretum Amazonicum"; bem como o "Álbum de Aves Amazônicas", todas publicadas entre 1900 a 1906. Livros publicados no final de XIX e início do XX, entre os quais "As Aves do Brasil", de 1894 a 1900, de autoria de Emílio Goeldi, também estão entre as obras a serem digitalizadas.

 

Segundo o coordenador de Comunicação e Extensão do MPEG, Nelson Sanjad, "esse conjunto de publicações apresenta uma quantidade enorme de informações relacionadas à biodiversidade amazônica, que será disponibilizada na internet, contribuindo assim, para a preservação da memória científica relacionada à biodiversidade e para a divulgação da ciência nacional".

(Informações de Lilian Bayma, da Assessoria de Comunicação do MPEG)

Fonte:

JC e-mail 3965, de 10 de Março de 2010.

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