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PC4 - Intercâmbio de Recursos Genéticos Vegetais

A maior parte dos produtos que fazem parte da dieta do povo brasileiro, não é originaria do Brasil. Foi introduzida de outros paises e adaptada às nossas condições edafoclimáticas. São exemplos o arroz, feijão, milho, trigo, soja, frutíferas e hortaliças. Portanto, a agricultura brasileira tem se beneficiado com o intercâmbio de germoplasma de diversas espécies vegetais que propiciaram ao país, o desenvolvimento de pesquisas fitotécnicas e a obtenção de novas e mais produtivas cultivares com características requeridas em varias circunstâncias.

Graças ao trabalho de intercâmbio de germoplasma desenvolvido pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a um inovador programa de melhoramento genético de plantas, tivemos oportunidades de obter, por exemplo, cultivares de soja, altamente produtivas. Isto representa uma contribuição muito significativa de nossa agricultura para nosso Produto Interno Bruto. No inicio do programa de sementes no Brasil, importavam-se variedades americanas e executavam-se competições de cultivares em diversos climas e tipos de solos, especialmente no sul do País. Nomes de cultivares de soja como Hood, Bragg, Lee, Davis, Hardee e outras apresentando produtividade média em torno de 1.300 kg/há, são bem conhecidos. Com a importação de germoplasma e a intensificação dos trabalhos de melhoramento genético em parcerias entre a Embrapa e o setor privado e concomitantemente com o fortalecimento das Fundações Estaduais e Associações de Produtores de sementes, novas cultivares povoaram o ambiente produtivo. A produtividade da soja alcançou os 4.500 kg/há (Vernetti, 1983). Nos próximos quatro anos será importada dos Estados Unidos a duplicata da coleção mundial de soja armazenada naquele país.

É de fundamental importância que se enfatize que a movimentação de germoplasma envolve riscos de introdução de pragas e moléstias exóticas, que poderão ser desastrosas econômica e socialmente, caso venham a ser disseminadas. Medidas de precaução devem ser obrigatoriamente tomadas quando da importação de germoplasma, para evitar a entrada de pragas ainda não registradas no Brasil. A metodologia de trabalho utilizada no Intercambio de Germoplasma Vegetal até 2003, contribuiu de forma insofismável para o enriquecimento do recurso genético nacional. Gerou, concomitantemente, a necessidade de se adotar modelo diferenciado de gestão, em função do contexto diferenciado de visão e exigência da clientela de recursos genéticos influenciada pelos reflexos da globalização.

O intercâmbio de recursos genéticos realizado de maneira segura, com ações preventivas, sistemáticas e continuas para evitar a entrada de pragas exóticas ao país, constitui-se em estratégia de fundamental importância para o aumento da variabilidade genética vegetal, base dos programas de melhoramento genético e para aplicações biotecnológicas na agropecuária brasileira.

O Projeto Componente é constituído por três Planos de Ação:

  • PA1 - Gestão do Projeto
  • PA2 - Importação de germoplasma vegetal
  • PA3 - Exporatção e Trânsito Interno de germoplasma vegetal.


Objetivos Gerais:

O Intercâmbio de Recursos Genéticos tem como objetivo introduzir e disponibilizar germoplasma para programas de melhoramento genético, assim como, enriquecer o patrimônio genético do País, dentro de limites de segurança que possibilitem a prevenção de entradas de pragas prejudiciais ao desenvolvimento agrícola, de acordo com as leirs vigentes no país.


Objetivos Específicos:

  • Definir diretrizes e normas para a realização da importação, exportação e trânsito interno de germoplasma vegetal em condições sanitárias adequadas, disponibilizando-o para a comunidade científica nacional e internacional, para atender aos programas de melhoramento genético;
  • Manter e aperfeiçoar o sistema informatizado de documentação  das informações relativas ao intercâmbio e disponibilizá-las aos usuários;

Planos de Ação:
Ações do documento