PA4 - Intercâmbio de Recursos Genéticos

Sabe-se, que a maior parte dos produtos que fazem parte da dieta do povo brasileiro, não é originária do Brasil. Foi introduzida de outros países e adaptada às nossas condições edafoclimáticas. São exemplos o arroz, feijão, milho, trigo, soja, frutíferas e hortaliças exóticas. A agricultura brasileira tem se beneficiado com o intercâmbio de germoplasma de diversas espécies vegetais que propiciaram ao país, o desenvolvimento de pesquisas fitotécnicas e a obtenção de novas e mais produtivas cultivares com características requeridas em várias circunstâncias.

Graças ao trabalho de intercâmbio de germoplasma, e a um programa de melhoramento genético de plantas, tivemos oportunidades de obter cultivares de soja altamente produtivas. Isto representa uma contribuição significativa de nossa agricultura para nosso Produto Interno Bruto. Com a importação de germoplasma e a intensificação dos trabalhos em parcerias entre a Embrapa e o setor privado e concomitantemente com o fortalecimento das Fundações Estaduais e Associações de Produtores, novas cultivares povoaram o ambiente produtivo.

O intercâmbio de germoplasma, quando conduzido corretamente, representa instrumento poderosíssimo para o desenvolvimento da agricultura em qualquer parte do mundo e, especialmente, naqueles países com grande diversidade de clima e solos. São exemplos marcantes o Café procedente da Etiópia, que alcançou sua maior importância na América do Sul e Central; o Cacau procedente da Amazônia ocupa extensas áreas de cultivo na África Ocidental; a cana-de-açúcar do Nordeste da Ásia constitui-se em segmento importante da economia de alguns países das Antilhas e América do Sul; a Seringueira da Amazônia e o Dendê Africano alcançaram importância extraordinária no Sudeste Asiático; as gramíneas forrageiras procedentes da África são a base das pastagens cultivadas na América Latina.

É de fundamental importância que se enfatize que a movimentação de germoplasma envolve riscos de introdução de pragas e moléstias exóticas que poderão ser desastrosas econômica e socialmente, caso venham a ser disseminadas. No Brasil, "o cancro cítrico foi introduzido em 1957 e, apesar de terem sido gastos mais de 5 milhões de dólares na tentativa de erradicá-lo, continua presente em alguns estados. A ferrugem do café introduzida em 1970 pode causar perdas anuais de até 500 milhões de dólares. O míldio do sorgo, o moko da bananeira, o bicudo do algodoeiro, são exemplo de verdadeiras catástrofes que se abateram sobre a agricultura brasileira".

Medidas de precaução devem ser obrigatoriamente tomadas quando da importação de germoplasma, para evitar a entrada de pragas e moléstias ainda não registradas no Brasil. A "swollen shoot" (virose) do cacaueiro, Fire blight da macieira e de outras espécies A ferrugem da soja já mostrou seu potencial destrutivo logo no início de sua presença de rosáceas, "Golden nematoide" da batata, e outras são alguns exemplos.

Internamente, encontram-se doenças restritas a determinadas áreas que, devem ser monitoradas nos trânsitos internos. O caso da vassoura de bruxa, e o moko da bananeira, retidas na região Amazônica por um longo período, hoje estão presentes nas principais áreas de produção do país.

Objetivos:

Contribuir para o enriquecimento do patrimônio genético vegetal, animal e de microorganismos do País, mediante intercâmbios ordenados de germoplasma, atendendo aos programas de pesquisa em pré-melhoramento e melhoramento genético

Equipe:

  • Edmeire Regina das Dores
  • Marcos Carlos
  • Nilson Alves Carrijo

 
Atividades: 

  • Intercâmbio de germoplasma.
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