PA7 - Núcleo de Conservação de Animais de Grande Porte da Amazônia Oriental - BAGAM

A Amazônia, não obstante a sua grande biodiversidade, sofre graves ameaças nos seus nichos naturais, onde espécies animais e vegetais nativas desaparecem antes mesmo de serem conhecidas e/ou catalogadas pelo homem. Esses ecossistemas apresentam variada cobertura florística, rios, lagos, aningais e muitos outros ambientes, com farta alimentação e abrigos, constituindo-se em ambiente adequado ao desenvolvimento da vida animal. Contudo, desde há muito, inclusive já com os habitantes nativos, a destruição dos "habitats" naturais, através de alteração nos ecosistemas e, principalmente, o manejo inadequado das espécies (pega ou caça indiscriminada, massacre de fêmeas, extrativismos dos ovos, dentre outras) ações predadoras, muitos grupos genéticos estão ameaçados ou sofrem risco de extinção. Isso ocorre entre os animais domésticos introduzidos, onde a ação antrópica danosa está mais evidente, destacando-se dois grupos de búfalos, a raça Carabao e o tipo Baio; dois grupos de eqüinos, os cavalos Marajoara e Puruca, os quais foram introduzidos ou se desenvolveram há, pelo menos, dois séculos, na ilha de Marajó, no extremo Norte do Pará que, além de ser a maior ilha flúvio-marinha do mundo destaca-se pela grande variação de ecossistemas, que vão desde as savanas mal e bem drenadas, até as matas ciliares de rios e manguezais com influência marinha, transformando-a numa região única plena de "habitats" naturais, destacando-se todos os grandes grupos animais viventes, sejam aves, mamíferos, peixes, répteis, etc.. Por tudo isso e, ao iminente problema da extinção de alguns grupos, a Embrapa Amazônia Oriental, implantou, desde 1997, o Banco de Germoplasma Animal da Amazônia Oriental - BAGAM, hoje Núcleo de Conservação de Recursos Genéticos Animais da Amazônia Oriental, para desenvolver ações de conservação desse germoplasma amazônico ameaçado, bem como, para conscientização das comunidades da região, sobre a importância desses recursos genéticos animais, como fator de equilíbrio no permeio do meio ambiente e do homem. Esse trabalho em andamento precisa ser mantido e revigorado, dando-se continuidade às ações de identificação e coleta de material original, documentação e catalogação do material já trabalhado e a ser gerado pelo plano, conservação propriamente dita, caracterização e, estudos de meios de disponibilização desse germoplasma, para o uso sustentado pelo homem.

Objetivo Geral:

• Manter e ampliar os trabalhos de conservação genética no BAGAM, com ênfase a coleta, caracterização, documentação, intercâmbio de conhecimentos e germoplasma de búfalos e equinos ameaçados da Amazônia Oriental, conscientizando a comunidade sobre as ações de conservação.

Objetivos Específicos:

• Conservar "in situ" búfalos da raça Carabao e do tipo Baio e cavalos das raças Puruca e Marajoara;
• Conservar "ex situ" sêmen, DNA e tecidos de animais em conservação no BAGAM;
• Aumentar a variabilidade dos grupos de búfalos ameaçados de extinção e do cavalo Marajoara, através do enriquecimento do germoplasma;
• Avaliar as características produtivas e reprodutivas dos rebanhos em conservação;
• Implantar o núcleo de conservação do mini-cavalo Puruca, no BAGAM;
• Caracterização genética, através de marcadores moleculares, das populações em conservação;
• Informatização dos conhecimentos e dos registros produtivos, reprodutivos e de parâmetros genéticos e não genéticos de animais em conservação;
• Divulgação e conscientização das ações de conservação através da capacitação da comunidade

Responsável:

• Jose Ribamar Felipe Marques

Equipe:

• Aluízio Otávio Almeida da Silva
• Andrea Alves do Egito
• Cintia Righetti Marcondes
• Jose Ribamar Felipe Marques
• José Silva Souza
• Maria do Socorro Maues Albuquerque
• Maria Rosa Travassos da Rosa Costa
• Eva Abufaiad
  

Atividades:

• Conservação "in situ" de germoplasma de búfalos da raça Carabao e do tipo Baio e de eqüinos das raças Marajoara e mini cavalo Puruca;
• Enriquecimento do núcleo de conservação de equinos do BAGAM.
• Coleta  e processamento de material biológico para caracterização genética.
• Documentação: implantação de base de dados.
• Disponibilização de germoplasma e informações ao público sobre os recursos genéticos animais.